quinta-feira, 26 de abril de 2012

FINALMENTE... EM CASA.

Antes do nosso pequenino chegar a casa, tivemos que tomar algumas medidas para o poder receber. Comunicamos ao centro de saúde a sua vinda e entregamos uma lista de equipamentos que poderiam vir a ser necessários.
Como ele não regulava bem a temperatura, tivemos que manter o quarto quentinho, pois era março e o tempo ainda estava fresco. Mas foi tão lindo e especial vê-lo deitadinho na caminha, tão pequenino, frágil, dependente do nosso amor, da nossa atenção e cuidado.

Confessamos que estávamos com muito medo. Não era como tratar de uma criança sem problemas.
 - A sonda, o que vamos fazer com a sonda?!?!? Pomos ao lado ou para cima??
Mas o que mais assustava eram as recomendações do hospital : " Preparem-se e preparem a família, pois este menino irá passar o tempo todo como se estivesse a dormir, evitem o barulho e cuidado com as luzes...". Era assustador, tínhamos um menino, mas era como se não tivéssemos, quase não sabíamos como lhe tocar. E depois de alguns dias em casa tudo se passava ao contrário, pois ele passava muito tempo acordado, reagia muito bem ás luzes e ás visitas. Estávamos mesmo confusos...

Então, mais um anjo apareceu nas nossas vidas... nas visitas ao centro de saúde, a enfermeira do José notou que algo não estava bem, notou medo nos nossos olhos e nos nossos gestos.
Surgiram assim as palavras que nos marcaram e deram rumo à forma como iría-mos lidar com o nosso filho:
" - O vosso filho é um bebé, por isso tratem-no como tal...aproveitem enquanto ele é bebé, pois não o será para sempre. Quantos aos outros não tenham receio, pois ainda não se nota problema nenhum e é mais fácil aceitarem-no socialmente. Ele precisa é de muito amor e carinho, tenham coragem."
Até hoje não esquecemos, muito obrigado enfermeira Amélia.  

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