Decidimos deixar para o final do ano letivo para falarmos sobre esta nova "aventura" que é a escola, que no caso do nosso menino, ainda é o jardim de infância.
Confessamos que entregar o Zezito nas mãos de outra pessoa era uma ideia que nos aterrorizava: saberão fazer isto e aquilo!?!? Serão capazes de isto e aquilo !?!?!
Procuramos várias escolas com unidade de multideficiência, mas a escolha foi o JI/EB1 do Falcão, no Porto.
Perto de casa para qualquer urgência, perto dos locais onde ele faz as terapias, enfim, isto transmitia segurança. Mas admitimos que o que nos fez decidir por esta escola foi o acolhimento e a forma como a "futura" educadora "agarrou" em seus braços o nosso pimpolho e o levou a conhecer os seus futuros amiguinhos.
Era para ficar só um pouco da parte da manhã, mas a segurança que nos transmitiu a educadora fez com que ao fim de uma semana já comesse lá e ficasse, sempre que possível, até ás 15h30.
A educadora Olívia é a personificação da palavra inclusão !!! Inclusão POSITIVA !!! O José, apesar das suas limitações, participou em todas as atividades, representações, passeios, brincadeiras... e se não fosse fácil, ela eliminava as barreiras. Quis conhecer as terapeutas para melhor pode-lo ajudar, chegando ao ponto de criar uma sala de terapia. Sempre com uma palavra amiga para nós, sempre a tentar ajudar com a sua experiência. Mais não podia fazer e mais não se podia pedir.
Serão capazes de fazer isto ou aquilo !?!?! Sim, e muito mais... mesmo até as auxiliares, a Cândida e a Paula, cuidavam muito bem dele e das suas necessidades, sempre com uma expressão de carinho e amor. Tinha todo o colinho do mundo... embora ele por vezes decidisse "brindá-las" com um chuveiro de papinha.
Comida !?!? Era quase feita por medida, quer a frutinha da manha, quer o almoço, pela cozinheira da escola, a Cristina, que muito atentamente escutava a mãe para que tudo se assemelhe-se à refeição de casa.
Obrigado a todos, educadora, auxiliares, professoras do ensino especial Cristina e Bela, todos mesmo.
Ah, e qual a relação com os coleguinhas de turma ? Apenas vos podemos disser que era outro menino no relacionamento com os amiguinhos e eles, todos sem exceção, mesmo os das outras salas, eram carinhosos e cuidadores de um amiguinho especial. Ora queriam empurrar o carrinho, ora queriam dar beijinhos e miminhos. Isto porque lhes foi explicado que ele não era um menino doentinho, é um menino especial, com necessidades e reações diferentes das deles. Bom trabalho das educadoras.
Agora, só em setembro... esperemos que com a mesma equipa.